Em vinte e nove de fevereiro de dois mil e doze, às dezoito horas e quarenta e cinco minutos, na Casa dos Conselhos de Botucatu, teve início a Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Cultura. Coordenou a reunião a presidente do CMC, Isabela Araújo Silva. Estiveram presentes Fabiana Biscaro, Francisco Habermann, Luciana Montes, Luiz R. Oliveira, Mathias Adrian Murbach, Roberto Minoru Tani Inoue e Rubens de Brito Sousa. Participaram como convidadas Ana Luiza L. Castanheira e Suzana. Justificaram a ausência Beatriz Galvão, Fernando Bassetto Vasques, Mariano Pikman, Michele Silva, Osni Ribeiro, Robert Coelho e Sérgio Callile.
A reunião foi aberta com a apresentação da proposta de pauta feita pela presidente. Os assuntos propostos foram:
a) o dia das reuniões;
b) a dinâmica das reuniões;
c) as substituições de membros do Conselho em cumprimento ao Regimento Interno do Conselho Municipal de Cultura;
d) a revisão do Plano Diretor.
A pauta foi aprovada pelos membros, que passaram então a deliberar sobre a data das reuniões. Ficou decidido que estas serão realizadas todas as últimas segundas-feiras de cada mês, conforme sugestão feita pelos membros da diretoria. Assim, a próxima reunião foi marcada para o dia vinte e seis de março de dois mil e doze.
A secretária do CMC, Fabiana, se prontificou a distribuir entre os membros o calendário das reuniões do ano. Em seguida, Isabela colocou em debate o momento cultural, que tradicionalmente antecede a abertura das reuniões. Ficou definido que o momento cultural será realizado no início de cada reunião, mas somente quando houver membros interessados em se apresentar. Habermann propôs que o espaço seja utilizado também para a divulgação de eventos e aproveitou o ensejo para divulgar um curso de musicoterapia na Famesp. Minoru convidou a todos para uma apresentação musical no Centro Cultura de Botucatu e na Demétria. Luciana divulgou a apresentação de um grupo de sapateado no teatro Gino Carbonari. Habermann retomou a palavra citando um artigo de jornal que fala de professores que utilizam o cinema como material didático, e em seguida passou a todos uma tirinha de quadrinhos de jornal em que um personagem exalta o preço pago em suas roupas, mas reclama do preço de um livro. Mathias propôs uma dinâmica de grupo para o momento cultural da próxima reunião do Conselho. Todos aprovaram.
Isabela passou a falar sobre a dinâmica das reuniões, propondo que se discutam até três pautas de meia hora a cada reunião. Mathias sugeriu que algumas pautas sejam temáticas, por exemplo: uma pauta com o tema “janela”, cujo objetivo seria direcionar o olhar dos conselheiros a uma determinada situação do município. Ao final de doze meses o CMC teria olhado para doze situações diferentes. Mathias sugeriu também pautas recorrentes, como por exemplo uma pauta sobre o Cine Neli. Professor Luiz concordou em haver um plano de atuação para o conselho, e reiterou a ideia da pauta do Cine Neli sugerindo seu uso pelos cineclubes. Isabela aproveitou o assunto para transmitir um recado de Robert sobre o pedido de uma audiência pública na Câmara dos Vereadores a respeito do caso Neli. Informou que a Câmara pediu que os solicitantes comprovassem ser representantes de fato de suas entidades, e disse que essa documentação já está sendo providenciada. Passou-se então ao tema Plano Diretor.
Isabela falou sobre a necessidade de revisão do Plano Diretor, de acordo com informações transmitidas por e-mail pelo secretário da cultura, Osni Ribeiro. Sugeriu a formação de uma comissão para esse trabalho, e que essa comissão se utilize dos tópicos levantados durante a Conferência Municipal de Cultura. Lembrou a fala de José Manoel na última reunião do Conselho, que ressaltou não ser função do Conselho promover eventos, mas pensar sobre as políticas públicas. Mathias sugeriu que após a revisão o Conselho defina em quais temas deverá colocar suas forças, e também ressaltou a função consultora do grupo. Isabela sugeriu a convocação de uma reunião extraordinária para que a comissão submeta o resultado do trabalho à apreciação dos demais membros do CMC. Professor Luiz defendeu que essa seja a pauta da próxima reunião ordinária. Todos concordaram. Professor Luiz lembrou que em dois mil e cinco, quando o Plano Diretor estava sendo fechado, o Conselho de Cultura provisório se incumbiu do trabalho e, em seguida, lotou a seção da Câmara com pessoas ligadas ao movimento cultural, contribuindo assim para que a Cultura fosse contemplada com três laudas dentro do Plano Diretor.
Habilitaram-se a participar da comissão os conselheiros Fabiana, Isabela, Minoru, Paula Rachel (que, mesmo ausente, se prontificou a participar da comissão antes do início desta reunião) e Rubens. A comissão submeterá o resultado de seu trabalho à apreciação do CMC na reunião ordinária do dia vinte e seis de março. Passou-se então à próxima pauta, que tratou das faltas, substituições de membros e abertura de vagas no CMC.
Isabela informou que há possibilidade de que deixem o posto os membros Fernando e Flávia, que serão chamados pela presidente do Conselho a se manifestar e justificar seus motivos. Isabela informou que Michele está se desligando, e abriu espaço para a sugestão de novos nomes. Nesse momento, chegou à reunião a convidada de Mathias, Suzana. Isabela retomou a pauta e disse que também pretende entrar em contato com suplentes que não comparecem, para saber se eles pretendem continuar no Conselho.
Em seguida, discutiu-se a assinatura da Ata. Fabiana ficou encarregada de enviar a Ata a todos os membros por e-mail, sendo que cada membro deverá ler o material e enviar à secretária seu OK, ou informar sobre alterações se houver necessidade. Foi definido que usualmente a Ata será impressa após o envio eletrônico, e os conselheiros a assinarão na reunião seguinte. Em seguida, foi levantada a sugestão de Fernando sobre a criação de um programa de incentivo financeiro à formação dos artistas, que ele batizou de PIFA. Isabela ressaltou a necessidade de se pensar em uma cuidadosa contrapartida para o município. Minoro concordou. Fabiana citou uma entrevista dada pelo artista e secretário de cultura Chico César, sobre a relação entre os artistas e o poder público em sua região. Professor Luiz comparou a proposta do PIFA a financiamentos como, por exemplo, um programa oferecido pela Caixa Econômica Federal. Falou também que existem cerca de oitenta botucatuenses que estudam no Conservatório de Tatuí e que já se tentou trazer o curso para Botucatu, mas existem muitas dificuldades, entre elas o fato de os alunos serem de cursos e horários distintos. Professor Luiz citou experiências de expansão de cursos da Unesp. E sugeriu que se estimulasse o ensino da arte nas escolas e fora delas, para alunos que queiram prosseguir com seus estudos artísticos. Falou que houve melhorias na política cultural no país, assim como em outras áreas, como na Ciência e Tecnologia, em especial em regiões fora do eixo Sul-Sudeste. Levantou a ideia de serem abertos editais do PIPA para bolsas de estudo, com uma seleção bastante cuidadosa; ou ainda de se criar um fundo de financiamento. Mathias falou sobre o projeto Guri e da necessidade de se apoiarem os alunos que entrarem em Tatuí.
Retomou-se a discussão sobre a revisão do Plano Diretor. Ficou estipulado que Rubens será o coordenador da comissão. Isabela sugeriu que inicialmente o grupo se divida em duplas e que essas duplas façam a leitura aprofundada dos tópicos levantados na Conferência Municipal de Cultura de dois mil e onze e, também, daqueles definidos pelo CMC em dois mil e nove.
O encontro final das duplas ficou marcado para o dia doze de março de dois mil e doze, das dezessete às dezenove horas, em local a ser definido. Nada mais a tratar, pontualmente às vinte horas a presidente Isabela Araújo Silva encerrou essa reunião, que foi registrada nesta Ata pela secretária Fabiana Biscaro.